Os mapas surgiram da necessidade de localização e registro de rotas, enquanto o mapa temático foi possibilitado pelo avanço da cartografia e das tecnologias de produção cartográfica.
Atualmente, com a difusão das tecnologias, os mapas que antes eram instrumentos de pesquisas científicas e militares estão ao alcance de qualquer pessoa por meio de aplicativos de celular como o Google Maps.
Os avanços da geotecnologia SIG, Sistema de Informação Geográfica, também possibilitaram a criação de mapas cada vez mais detalhados e precisos.
Nesse artigo vamos ver o que é um mapa e quais os elementos fundamentais que você não deve esquecer na hora de elaborar um mapa temático.
O que é um mapa?
Um mapa é um meio de comunicação gráfica, instrumento de diversos profissionais, como geógrafos, geólogos, engenheiros, arquitetos-urbanistas, etc. Ele é uma representação da superfície terrestre e é definido como:
“uma representação gráfica dos aspectos geográficos, naturais ou artificiais da Terra, com fins culturais, ilustrativos ou científicos.”
Podemos dizer que a Cartografia possui dois tipos de mapas, os sistemáticos e os temáticos.
Mapas sistemáticos
A cartografia sistemática é representada por mapas elaborados por especialistas, como Engenheiros Cartógrafos, com dados de locais da superfície terrestre que servirão de base para mapas temáticos, esses dados podem ser de altitude, limites, localidades, distâncias, etc.
Mapas temáticos
Os mapas temáticos representam temas específicos de locais da superfície terrestre, como tipos de solo, formações vegetais, limites estaduais, distribuição de doenças, utilizando como base produtos da cartografia sistemática. Os mapas temáticos se preocupam em dizer dizer o quê, onde e como ocorre determinado fenômeno geográfico.
Os mapas temáticos são o objetivo do artigo de hoje.
Vale ressaltar que na Cartografia há uma divisão das representações da superfície em Globo, Mapa, Carta e Planta, tendo como principal diferenciador a escala.
Consideramos todas essas representações como “Mapa” por ser o termo mais generalista e usual para representar uma parte da superfície terrestre em um plano.
Em breve teremos uma artigo específico sobre a Ciência Cartográfica no qual vamos discutir mais profundamente esses aspectos, aguarde 😉
Qual a diferença dos mapas temáticos para outros tipos de representações gráficas?
Os mapas representam elementos selecionados em um determinado espaço geográfico, de forma reduzida, utilizando simbologia e projeção cartográfica.
Os mapas temáticos diferenciam-se de outras representações gráficas pela presença de seis elementos fundamentais: título, orientação, grade de coordenadas, escala, legenda e fonte:
Vamos definir cada um desses elementos:
Título de um mapa
É uma descrição objetiva do que está sendo representado no mapa. Deve dizer “O que é”, “Onde” e em alguns casos “Quando” de forma sucinta:
Orientação de um mapa
É a direção do mapa temático. Pode-se ser representada pela Rosa do Ventos ou por uma seta apontando para o Norte:
Grade de coordenadas
Indica a posição da área representada no mapa na superfície terrestre, apresentando coordenadas geográficas (latitude e longitude) ou coordenadas planas (metros).
Geralmente utilizam-se coordenadas geográficas ao representar grandes regiões da Terra (pequena escala) e coordenadas planas para representar pequenas porções da Terra (grande escala):
Escala de um mapa
É a relação entre a medida de um objeto no mapa temático e sua medida real, podendo ser gráfica ou numérica.
Em mapas digitais recomendamos utilizar a escala gráfica, pois ao ajustar o tamanho do mapa, a escala também será ajustada na mesma proporção.
Legenda
Atribui um significado à simbologia. Nela são apresentados os símbolos do mapa (pontos, linhas, áreas) e sua tradução.
Fonte de um mapa
Deve conter informações que possibilitem ao leitor saber a autoria do mapa e ano de elaboração, a fonte dos dados de base, sistema de coordenadas, projeção e datum utilizado.
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Também temos um vídeo sobre Elementos fundamentais dos mapas no canal, veja aqui.
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Referências utilizadas
ANDERSON, P. S. Princípios de cartografia básica. v. 1, 1982.
FITZ, Paulo Roberto. Cartografia Básica. São Paulo: Oficina de Textos: 2008a.
FITZ, P. R. Geoprocessamento sem complicação. 1. Ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2008b.
Doutoranda em Ciência do Sistema Terrestre pelo INPE. Bacharel e Mestre em Geografia pela UFRN.
O trabalho de vocês é incrível. Todos só tem a agradecer pelo conhecimento compartilhado. Parabéns para todo sempre.
Agradecemos o feedback positivo, Márcio